Se não misturarmos nossas dores com um pouco de alegria à gente morre. Quando Deus não
tira a dor da gente, Ele nos dá os meios de suporta-la. Eu já vivi isso, eu sei
que é assim.
Às vezes sequer possuo as virtudes de quem
acuso e condeno. Sempre foi assim, pois os defeitos dos outros são sempre mais
visíveis do que os meus, minha dor maior que a do meu próximo. Senhor ajuda-me a cobrar de mim
muito mais que dos que estão ao meu lado, ensina-me a ser manso e humilde e a
conviver com as arrogâncias, minhas e dos outros.
Se Tu, Deus encarnado, não
te propusestes mudar o mundo, quem sou eu para me imaginar com tal poder?
O uso do nome de Deus em fatos e atos
relativos aos desejos pessoais, às ambições de cada um, aos sonhos de poder e
de glória, se não é uma blasfêmia consciente, é a demonstração de que não se
aprendeu de Cristo como orar.
O modelo de oração por ele
ensinado é o Pai Nosso, onde se santifica o seu nome e se submete à sua
vontade, que pedimos seja feita, assim na terra como no céu.
Depois de glorificar a Deus, a gente pede pão,
pede perdão dos pecados, na medida exata em nos mostramos decididos a perdoar
os outros. Fora deste modelo, toda oração é somente uma poesia com verso de pé
quebrado.
Não sei se fui
o filho dos sonhos do meu Pai, mas me orgulho muito Dele Hoje. A ausência
física das minhas filhas me machuca e me fere. Adoraria estar com ambas, mas,
além de outros fatores, é uma impossibilidade geográfica. De todo modo é
gratificante ser pai. Que meu velho esteja com Deus, e minhas filhas debaixo de
sua guarda.
Múcio Azevedo
"Venho acompanhando de um tempo para cá as frases e
reflexões do senhor Múcio Azevedo. Tenho aprendido com ele o significado da
palavra coerência, a indiscutível relação de amor com a sua família, além do
ser humano fantástico e de uma mente intransponível e de capacidade singular de lidar com as palavras".
Sem comentários:
Enviar um comentário